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SOBRE AS OBRAS:
IN THE MIDDLE, SOMEWHAT ELEVATED (1987) ESTREIA
Coreografia, cenografia, figurino e iluminação: William Forsythe
Música: Thom Willems
Remontagem:Agnès Noltenius
Encomendada por Rudolf Nureyev em 1987 para o Ballet Ópera de Paris, In the Midlle, Somewhat levated (No Meio, Um Pouco Acima) é uma peça de William Forsythe baseada na percepção da velocidade – rapidez e lentidão. O coreógrafo se vale da linguagem da dança clássica para “escrever histórias de hoje”. In The Middle utiliza a forma tradicional de composição de um tema e suas variações, ou seja, Forsythe cria uma frase que se desenvolve, evolui e se transforma no corpo de cada bailarino. Uma bailarina dança o tema de abertura e aciona progressivamente um número crescente de outros intérpretes até que o conjunto se complete com nove pessoas: seis mulheres e três homens. A música de Thom Willems apresenta acelerações e ralentamentos que dialogam com a coreografia; tanto os bailarinos quanto os espectadores são pegos de surpresa por turbulências que a peça apresenta em diferentes momentos.Para o cenário, o coreógrafo havia pensado em vários objetos cotidianos dourados, pendurados por fios invisíveis. Dessa ideia inicial, optou pela síntese, traduzida por duas cerejas, que ganharam um significado simbólico: dois
pequenos espelhos que refletem a sala de espetáculos. O título da obra se refere a essas duas cerejas no meio, um pouco elevadas, na cena.
BACHIANA Nº1 (2012)
Coreografia: Rodrigo Pederneiras
Música: Bachianas Brasileiras nº1, de Heitor Villa-Lobos
Iluminação: Gabriel Pederneiras
Figurino: Maria Luiza Malheiros Magalhães
Assistente de coreografia: Ana Paula Cançado
Inspirado pela Bachianas Brasileiras nº 1, de Heitor Villa-Lobos, Rodrigo Pederneiras criou para a São Paulo Companhia de Dança a obra Bachiana Nº 1, peça em que a dança responde à estrutura íntima da música. A coreografia, dividida em três movimentos, evidencia a brasilidade, o romantismo e a paixão do nosso povo. Para o coreógrafo, “é um balé abstrato e apaixonado. Os violoncelos que se sucedem a cada parte da música já traduzem o gesto em si”, e dessa afinação entre som e movimento surge a obra, que ganha acentos particulares no corpo de cada intérprete. Em Bachiana Nº 1, pode-se reconhecer a linguagem característica desse grande coreógrafo da dança brasileira, bem como as nuances de uma criação específica para bailarinos de uma companhia de repertório, em que a versatilidade dos intérpretes traz novas
ênfases à linguagem de Pederneiras.
SECHS TÄNZE (1986)
Concepção, coreografia, cenografia e figurinos: Jirí Kylián
Música: Sechs Deustsche Tänze KV 571, de Wolfgang Amadeus Mozart
Remontador: Patrick Delcroix
Desenho de luz: Joop Caboort
Adaptação técnica: Erick van Houten
Execução de figurinos e cenário para a SPCD: Fábio Brando | FCR
Produções Artísticas
Sechs Tänze, de Jirí Kylián é um trabalho que une dança e humor. O coreógrafo compôs seis peças aparentemente sem sentido que dialogam para protestar e fazer uma crítica aos valores vigentes à época em que as Sechs Deustsche Tänze KV 571, de Mozart, foram compostas. Nas palavras de Kylián: “A música de Mozart foi o principal elemento para a criação de Sechs Tänze. Ele deveria ser engraçado, porque entendia e sabia fazer humor. A música é muito importante em um balé, qualquer que seja ele. E nessa montagem ela é mais rápida do que a dança. Para dançar Sechs Tänze é preciso ser veloz e colocar uma máscara. É como ser e não ser você em determinados momentos. É como ser manipulado hoje, amanhã, ontem. Fingir querer ser. Ou não.” A SPCD é a primeira companhia no Brasil a dançar uma obra de Kylián.
Fonte: São Paulo Companhia de Dança