Um estudo publicado na revista Frontiers in Human Neuroscience prova que a dança é um antídoto contra o envelhecimento cerebral. Melhor ainda, as pessoas acharam a dança mais benéfica do que as atividades mais tradicionais, como caminhar e andar de bicicleta.
Além de melhorar o equilíbrio, mover o corpo ritmicamente pode reduzir as chances de os idosos enfrentarem problemas como perda de memória e doença de Alzheimer.
Como eles descobriram?
Para demonstrar essa relação, os cientistas acompanharam um grupo de 62 homens e mulheres com idade média de 68 anos. Para alguns deles, a atividade sugerida é um curso semanal de 18 meses destinado a ensinar diferentes estilos de dança. O restante dos voluntários participou de treinamentos focados em melhorar a resistência e flexibilidade do corpo. Entre as atividades estão o treino de caminhada ou ciclismo – que envolve sempre repetir os mesmos movimentos em sessões de 90 minutos.Sobre a Metodologia
No entanto, o método de treino foi diferente para este grupo de bailarinos. Ao contrário dos atletas, muitas vezes são desafiados com novas tarefas: a coreografia, formações, movimentos e ritmo da dança mudam a cada duas semanas. Os pesquisadores também foram muito ecléticos sobre estilos, misturando uma variedade de estilos, incluindo jazz, dança de salão e ritmos latinos. Desse grupo, 14 voluntários chegaram ao fim – enquanto apenas 12 daqueles que começaram o condicionamento desde o início o fizeram.Quais os benefícios da dança nesse espaço de tempo.
Após a última aula, os cientistas voltaram a analisar os cérebros das cobaias. A melhora foi sentida mais no centro de memória do cérebro, chamado hipocampo. Como resultado da prática, o volume dessa área aumentou significativamente em todos os idosos testados. Sabe-se que a perda de memória e a doença de Alzheimer se desenvolvem ao longo do tempo e são menos prováveis de ocorrer quando o hipocampo continua a ser estimulado. No entanto, apenas os dançarinos têm um benefício importante: melhor equilíbrio. Reflete a maioria das funções sensório-motoras, afetando a mobilidade e a informação visual. Problemas com esse mecanismo também podem aumentar o risco de quedas – uma das principais causas de lesões em idosos.A ideia dos pesquisadores agora é combinar os benefícios físicos do exercício com uma abordagem de dança para melhorar a condição de idosos com doença de Alzheimer. Pacientes com essa condição tendem a responder bem à música, de acordo com a pesquisadora Kathrin Rehfeld, que liderou o estudo. Bem, combinar o melhor dos dois mundos também pode melhorar o seu bem-estar – de uma forma menos óbvia e mais criativa.